domingo, 30 de novembro de 2008

Fatos, casos, acasos

Foi de repete, quase do nada, quase inesperado
De surpresa, mas daquelas bem desagradáveis
Que sabemos da existência delas e continuamos fingindo não saber
Na vã inocência de nos enganar porque já dizia o poeta:
" O que os olhos não vêem, o coração não sente"

E é exatamente isto que acontece, logo é preferível não ver
Para evitar maiores decepções e continuar alimentando as ilusões
Assim, vivendo momentos felizes e de tamanha descontração

Um toque, um segredo, alguns encontros nos vários desencontros
A desproporção e a desvalorização é tamanha que pode-se dizer,
Tem-se um anel de diamante e raro com uso determinado
Mas quer-se os anéis de plástico com uso indeterminado

E é assim... vivendo e conhecendo ao perpassar da convivência
A confiança brota devagarzinho, regada por afeto; amor e carinho
Porém, pode morrer muito rápido com um simples tchauzinho.

Raissa P. Palitot Remígio.

domingo, 2 de novembro de 2008


E de repente meu mundo pára

E no meio de tantos carros passando,

Pássaros voando, pego carona com um deles

Pra tentar chegar mais rápido ao teu abraço

Que tanto me conforta e me acomoda

E os meus sentimentos eu logo disfarço.

Aquela conversa instigadora

Rola solta, em baixo tom, no meu ouvido

E que ninguém mais, além de nós, pode ouvir

Vou até confessar que com tamanho conteúdo

Até pelo meu rosto dá pra vê, penso até em me remir

Mas não é tão simples assim.

Enquanto isso o tempo vai nos levando

As vezes um para cada lado, mas nunca calado,

Estão sempre ali, ao lado, quiçá até alado

Nas horas de saudade, mas vem aquela vaidade

E tudo não passa apenas de uma incontrolável vontade.

Raissa P. Palitot Remígio.

domingo, 21 de setembro de 2008

Mas, há um quê de inspiraçao


E passam os cinco tão rápidos, corridos, estressantes e relevantes dias
A ânsia e ansiedade cobrem o pensamento e penetram-no por inteiro
Será como programado? Ou será desarrasoado? Que sejam revelias
Bom mesmo é a aventura de fazer o que vem à mente, na hora
Sem ser premeditado, se algo dá errado... não faz mal
Nada se perdeu, algo se aprendeu.

Aparece de longe, não tão longe assim
Mas localiza-se de supetão
Cade? Onde? Tu vistes?
Vi sim, ó, alí!!!

Não vá, já vou, mas volto quem sabe, se me der vontade
E se ela não der, o que eu posso fazer?
Pensa, repensa em tudo, algo nostálgico dos dias, ou melhor, das noites
Que caminharam em passos longos e rápidos e tão observados
Por opniões perntinentes e interrogações nem tão convincentes...

Não sabe-se o porquê de tal situação, mas vê-se que dela tem um quê
De forte e bela inspiração,
Por tal é preferível alimentá-la a oprimí-la, ao menos
Os versos são transcritos como esta música soando aos ouvidos:
Doce, expontânea, macia, leve, acalentadora.

Estes interregnos de ausência vão passando com o compasso da saudade
Como a flor brotando, como a folha crescendo no galho mais lindo,
Like she without he, de fato, mas na mente aparece sempre sorrindo.

Raissa P. Palitot Remígio.

domingo, 3 de agosto de 2008






Surgiu há tempos, em meio a uma multidão dançante
Que pulava, gritava, e, de fato, era muito contagiante
Observei minuciosamente na tentativa de encontrar algo a mais
Mas que nada, era quase impossível!

O desejado a ser encontrado estava intrínseco naquele
Precisava uma aproximação, as pontes não faltavam, porém
O impulso não nascia, inversamente da repulsão que era expontânea
Falava-se que eram semelhantes, porém lados semelhantes são paralelos
E lados paralelos não se tocam constantemente, apenas possuem um ponto,
Um único ponto de intersecção.

Têm de ser diferentes, igual aos pólos opostos que se atraem pela oposição
Que cria a junção, que faz o Elvis cantar como o Roberto;
Que faz o Pelé jogar, tal qual, o Giba;
Que faz o dia escurecer assim como a penumbra;
Que faz o europeu sambar que nem o brasileiro;
Que faz o amor surgir no meio da raiva;
Que faz do Picasso um Manuel Bandeira;...

Quando surgiram no mesmo espaço, muito tempo, muitas pessoas, muitos sentimentos
Já tinham, por estes, passados.
Um no outro, um com o outro, formavam um, os dois. Ou ainda estaria por formar?
Mas, e se nem começar?
Ah, coração, não pára de pulsar! Não, não pára, quero mesmo é que bata forte,
Que aumente essa pulsação proporcional ao sentimento e pureza das flores.

Vem, me toca, um só toque não basta!
Vem, me fala, uma só palavra, mas não cala!
Vem e se queres eu também vou, vou te tocar e te falar o que dança na minha imaginação.

Vou ao teu encontro, mas quero que seja ao luar
Ou, se preferes, sentados, observando o sol raiar
Não muito longe, bem juntos, bem alí ó, à beira-mar.

Ah, e não demora porque quero ver, envolta por teus braços,
Aquela onda ali quebrar.

Raissa P. Palitot Remígio.



segunda-feira, 28 de julho de 2008



Noite de lua cheia e eu na sacada de casa a apreciar a beleza desta magnitude refletindo no mar os raios luminosos, transformando-os em prisma. As nuvens prateadas abrem-se para Ela passar, resplandecendo inocência a quem a admira. Como és bela, oh Musa da noite! Piedade que sinto dos que não têm o privilégio de receber o teu "Boa Noite". Oh, Sol, sei que teu maior prazer é realizado: clarear a quem necessita, mas infelizmente, teu único sonho não pode ser conquistado; encontrar-se com a Musa da Noite...

Vejo no céu estrelas brilhando em louvor a ti, Musa. Vejo as nuvens se transformando, juntamente com teus raios de luz, em formas estupendas. Tento decifrá-las, mas não ainda possuo esta capacidade. Os arranha-céus ficam iluminados por ti e em seguida, como numa sintonia entre bailarinos dançando, acendem sua luz vermelha que entram em contraste com a tua cor-de-ouro/cor-de-prata.

Pessoas à beira-mar acendem fogueiras, reúnem-se em círculos voltadas para ti, animais vão para seus habitats, numa calmaria que só estes conseguem atingir.

Óh Musa, és bela, és uma das maiores inspirações.

Raissa P. Palitot Remígio.