terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

(Des)esperança

Diuturnamente, ao longo de duas décadas, a espera de mutações
Coração sangrando, mente sofrendo gradativa e calmamente, sorrisos esparsos e desencontrados
Apenas para seguir o toque da batida efêmera ao redor de uma mesa quadrada
Visitada esporadicamente, em momentos raros, rápidos, rasos!

Esperar para quê, se a evolução personalíssima não se consumará?
Na tentativa, apenas ficará?
Ficarei, ficaremos com isto: o malogro da esperança!!!
Muita distância, já nesta primeira instância...  

Apelos tácitos fingidos não subentendidos
Venerar a pseudo divindade, que se autoflagela dentro leviandade
Areia movediça, sugando para o subsolo aquele que hoje se tornou ignóbil

Um móbile inócuo, surtindo eficácia invertida
Naquela pessoa, que deveras se encontra perdida
Em mais uma árdua despedida. 

Raissa P. Palitot Remígio