segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O desejo de ser maestro

Vamos pra um pé d'água
Quebrada, cristalina, límpida e cintilante.
Temos que ir a pé, a passos curtos, desajeitados...

Pararei no ágape para nutrirmo-nos de serenidade e mansidão
No vagar do meu olhar,
Que pede, ajoelhado, "por favor, não se vá".

Terei receio do amanhã, a menos que nossa união seja para sempre
Mas, o coro da vida canta o inverso
E, nesse momento, desejo ser maestro.








Complexidade mandamental

É tudo um emaranhado de complexidade
Eu sou eu, mas posso ser tu, contudo
Nem sempre, nós podemos ser apenas um
In(in)teligível.

O mandamento ensina-me a amar-te como a mim mesma,
Mas como hei amar-te, se não trago amor, se não me amo?
A saída, então, é o castigo, é a outra porta, que não a dos céus?
(Obs)curo.

Impõem-me não cobiçar vossas coisas,
Mas, então, não posso desejar tua alegria,
Para não ser castigada?

Tento entender, outrora, crer...
É sempre intangível
É tudo um emaranhado de complexidade.

Raissa P. Palitot Remígio