quarta-feira, 28 de julho de 2010

Entre mim e você

Encontrei, mas sem buscar aquele para amar
Foi você que apareceu naquele magnífico luarar
Tão belo que entre mim e você nada havia
A menos que, dois corações.
O futuro era incerto e pareceia muito irrequieto
Tua aparência era esguia e passava e falava, e ficou.
Não para sempre porque ela mudou.
Alegrias e tristezas estão imbricadas e dançando num compasso,
Concatenadas.
Aquela tem mais presença no palco que é a vida
Por momentos sublimes.

Entre mim e você há um quê inexplicável de atração
Muita semelhança, lembrança que ficou e guardou
E por algumas chorou.
Afeto existe a todo momento,
Exitirá o amanhã e eu, aqui, com você, esperando
Para gozar todos os sabores, afora os dissabores.
Quero saber de onde vem a inspiração
Se ela é ingênita,
Se ela mora na imaginação
Ou se ela é coisa mesmo da criação.

Só tenho a certeza que ela mora no coração
Logo, permanece em todos: eu, tu, ele.
Sabemos usá-la? Não, não
Exoploremo-la!

Mais destreza, muita maestria, menos regalia
Pode ser pueril e o vale é que seja com a alma
Proscreva os males, exale a benquerença
Chega de desavença.

Perceba o bem, sem olhar aquém,
Mas ame passando da sua razão
Superando suas mágos, vá mais além.

Sendo talvez

Não sei o que se passa, mas quero saber
A todo instante o que devo ser.
Sou ou não sou, sei ou não sei
Finjo, talvez? Quiçá...

Eis-me aqui, quase toda para Ti
Embora, as vezes, foges de mim, assim
Tão perto, quase ali se vai e vai alhures
Voltando morosa e amorosa(mente)? Algures...

Dizem que sou eclética, já outros que sou moleca
Sou tudo, serei nada abandonada, calada.
Estribilhos amiudemente se espraiam pelo ar, será?

Tergiversando devaneios
Titubeando tolices, contrapondo-se.
Na vã tentativa de obumbrar verdades ou imaginações.


Raissa P. Palitot Remígio