segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Princípio da insignificância e furto

A 1ª Turma, ao afastar a aplicação do princípio da insignificância, denegou habeas corpus a condenado por furto de 9 barras de chocolate de um supermercado avaliadas em R$ 45,00. Reputou-se que, em razão da reincidência específica do paciente em delitos contra o patrimônio, inclusive uma constante prática de pequenos delitos, não estariam presentes os requisitos autorizadores para o reconhecimento desse postulado. Salientou-se, no ponto, a divergência de entendimento entre os órgãos fracionários da Corte, haja vista que a 2ª Turma admite a aplicação do princípio da insignificância, mesmo para o agente que pratica o delito reiteradamente. Precedente citado: HC 96202/RS (DJe de 28.5.2010).
(HC 101998 ) Informativo STF n.º 610


 Deveras, restringir a liberdade desse cidadão, não evitará a sua reincidência em crimes contra o patrimônio e, em especial, na prática de pequenos delitos. Esse tipo de brasileiro precisa mais de assistência do Estado, posto que furtar nove barras de chocolate de supermercado não é uma conduta executada por alguém em plena sanidade mental, pois, se olharmos sob a balança do custo x benefício, estarão concorrendo: liberdade x o deleite proporcionado ao saborear o chocolate. Ao menos eu, não me arriscaria a entrar nessa competição.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

A importância do estudo, para se inserir no mercado de trabalho

    "A maioria dos brasileiros acredita que levaria uma vida melhor, se houvesse tido oportunidade de estudar."

    O mercado de trabalho exige qualificação de quem está inserindo nele, e os que não a possuem ficam à margem de empregos degradantes, que exigem esforço inversamente proporcional ao salário.

    Um dos maiores óbices que gera essa problemática é a concentração de oportunidades sociais, principalmente na forma de serviços de educação e, ainda, a ínfima relevância que o Estado confere a elas, em detrimento de interesses oligárquicos. Se fossem distribuídas com menos diferença, entre os vários seguimentos da sociedade, a classe obreira teria melhores condições de vida, já que estariam preenchendo um dos requisitos para alcançá-las: estudar.

    A realidade de uma pessoa que possui graduação em ensino superior, por exemplo, permite ascensão profissional, amplo acesso a livros, a outros meios de comunicação e à cultura, e há a possibilidade de prevenção de doenças com o consumo de alimentos mais saudáveis.  Já a daquela que teve somente estudos básicos, ou nem os obteve, é muito precária, em virtude dos parcos recursos financeiros que ela aufere.

    É irrefutável, pois, asseverar que muitos trabalhadores poderiam viver melhor, porque a maioria deles nçao possui um arcabouço de conhecimentos que dão a chance de lograrem uma vida mais digna, através da profissão.


Raissa P. Palitot Remígio

A poítica ainda é uma atividade cidadã?

"Quase todo o mundo percebe quando a política está sendo exercida como uma atividade nobre, sem mesquinharias, com transparência e produzindo resultados práticos positivos. A política, em si, é a mais digna das atividades que um cidadão possa exercer. Os gregos diziam que a política é a amizade entre vizinhos. Quando traduzimos hoje, estamos falando de Estados, Municípios e da capacidade de construir, a partir de alianças, o bem comum. Vou lutar por reformas que possam tomar a política de novo atraente para as pessoas de bem, que façam dessa atividade, hoje vista com suspeita, um trabalho empenhado na elevação dos padrões materiais, sociais e culturais da maioria. É assim que vamos empurrar os piores para fora do espaço político. Não existe vácuo em política. Se os bons não ocuparem espaço, os ruins o farão."

(Aécio Neves, em entrevista à revista "Veja" de 7 de abril de 2010)


A política ainda é uma atividade cidadã?

    O homem, ser ingenitamente social, nasce com um instinto político que é exercido consoante o perpassar dos tempos e o contexto histórico-social.

    Na Grécia, as deliberações acerca de diversos temas eram feitas em praça pública, semelhante ao que acontece nos cantões suíços. Existia a democracia, que, no seu sentido clássico, é entendida como o Governo do povo. Já na Idade Moderna, houve uma concentração de poderes nas mãos de um soberano, e a participação popular foi mitigada, porém nunca excluída.

    Hodiernamente, após lutas contra as ditaduras militaresm o Estado não governa sozinho, posto que concede ao cidadão diversos meios de contribuição nas decisões governamentais, como as audiências públicas, a ação popular, o orçamento participativo, entre outros instrumentos, contudo, os interessados e os que os utilizam são poucos.

    É possível e necessário mudar essa conjuntura e estimular a população no exercício dessa arte, conscientizando-a de que a política, a despeito dos meross percalços perpetrados, ainda é uma atividade cidadã.

Raissa P. Palitot Remígio


Esta vida sutil


Não quero esta vida sutil!
Dê-me mais amargura, mais desânimo
Desejo tudo quanto posso: sangue, suor, tristeza
Chega de tanta beleza, neste mar de hipocrisia.

Mas, quero somente que seja no fim da estrada
Amigos, amores, sabores...
Não precisarei de todos nem de nada
Almejo apenas o fim da jornada.

Sentirei sutilmente a voraz solidão
Mas, tento afastar-me da aflição.
Futuro, presente, passado.

E, enquanto o tempo passa,
Permaneço, aqui, atada, pois
Almejo apenas o fim da jornada.


Raissa P. Palitot Remígio

Problemas, mera inspiração poética e literária

É cediço que durante a vida os obstáculos vão aparecendo, começando pela tenra idade, quando estamos aprendendo a andar e a falar. Tal aprendizado não é mera opção, é necessidade, que precisa ser suprida, para garantir a comunicação e, dessa forma, assegurar parcialmente a nossa sobrevivência. São essas conquistas, no início da vida, que nos fazem perceber que temos potencial.




O espírito de competitividade nasce com o ingresso nas escolinhas de esporte e entre os colegas de classe para ser o primeiro da turma. Vêm as olimpíadas escolares, agora exigindo mais autoconfiança e perseverança. Posteriormente o vestibular. Reprovou. Chorou. Desacreditou. Mas aparece a família, os amigos, a fé aflorando e trazendo consigo todo o espírito de guerreiro e lutador incansável. Dentro da universidade, percebe, então, que o futuro já não está longe, é agora, quiçá foi ontem. Mais obstáculos, surpresas, competitividade a todo vapor e por todos os lados. Olha para trás, já pulou vários óbices, já venceu diversas batalhas, não é nesta e neste momento que se entregará. Venceu mais uma vez. Casou, divorciou-se. Longe dos filhos, da família e da cidade natal por interesses profissionais. Cadê o meu Deus, cadê os ensinamentos de Augusto Cury, a calma de Dalai Lama...



Ah! Não desanime, meu caro, a vida, por si só, já é um dom, portanto trate de fazer valer a pena Deus ter te presenteado com tal dádiva. Não seja injusto, não lamente, não diga que é um fracassado antes do final.

Desabafe com alguém confiável, faça uma terapia, cumprimente seu vizinho, ceda sua vez na fila a um idoso. Procure ouvir mais e falar menos, mas não pra se inibir e sim, para expor palavras com qualidade e, não somente, da boca para fora. Está carente? Visite orfanatos e leve alegria àquelas crianças, provavelmente, mais carentes que você. Dance, sorria na frente do espelho, conheça-se, medite, observe a natureza ao seu redor e valorize-a. Ah! Mas se todos percebessem quão bela dupla formam a lua e o barulho das ondas do mar, certamente tristeza e desequilíbrio não mais haverá.



Seja inteligente e cortês. Ao invés de esperar a oportunidade bater à sua porta, convide-a, para entrar na sua vida, ofertando-a como “habitat” ideal para suas outras amigas: a garra, a alegria, a serenidade, a sinceridade, a fé. Desse modo e sem que menos perceba, o sucesso já estará é louco e ansioso, para também fazer da sua vida um lugar habitual dele.



Feliz foi Chico Buarque ao cantar “roda mundo, roda gigante/ roda moinho, roda peão/ o tempo rodou num instante, / nas voltas do meu coração...” Portanto, não há tempo para sofrer, pois temos todo momento, meios para vencer.



Raissa P. Palitot Remígio

domingo, 17 de outubro de 2010

Semente solidão



Sigo esta sina sem solução
Medo, morte, males malsucedidos
Tanto tormento torrencial e terreno
Saga sublime sinto um sofrimento sereno.

Além é ali, não, é aqui
Longe, naquele lugar louco,
Mas lindo e lúcido numa imensa mansidão
Tamanho é o toque do trovão.

Trejeitos tortos que torturam tudo
Todos turvos com minha turbação
Sei somente semear solidão.

Lamento vossa ingratidão
Força fulminando e fluindo
Faço isso frágil e fugindo.


Raissa P. Palitot Remígio

domingo, 26 de setembro de 2010

Argumentando e citando exemplos sobre um trecho de Dostóiesvky

"Às vezes, fala-se da cureldade 'bestial' dos homens, mas isso é terrivelmente injusto e ofensivo com os animais: a fera nunca pode ser tão cruel como o homem."

                Injustamente, comparam a crueldade humana com a dos animais, chegando a ser uma ofensa a estes, pois eles sequer possuem intenção ou razão, diversamente daqueles primeiros.

                Na seara das feras, o confronto ou o ato de matar, muitas vezes, são sinônimos de sobrevivência, ou seja, isso acontece com os escopos de salvar ou alimentar a si ou a outro que esteja sob sua guarda. Não obstante, este motivo obedece a regras de uma hierarquia natural: a cadeia alimentar. Diferentemente, no âmbito dos racionais, a tirania é perpetrada, desde os tempo primevos até os hodiernos, por questões obsessivas, ínfimas, preconceituosas e banais. Fatos crudelíssimos provam tal asseveração, como a vigança coletiva que predominou na Idade Antiga; a colonização dos nativos americanos; a exploração maciça da classe obreira, duarante as Revoluções Industriais; o extermínio de milhões de judeus e ciganos nos idos da Segunda Guerra Mundial. Todos eles intencionais, e a maioria firamente, planejada.

                Torna-se crucial, portanto, falar que a insensibilidade dos homens é bestial, pois se a fera é violenta, é em decorrência de fatores ingênitos; já os humanos nascem sem maldade, e se corrompem, por querer e por prazer.

Raissa P. Palitot Remígio

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Operadores do Direito, mudemos!

     Acabei de assistir à entrevista de Martinho Mendes Machado, no programa de Padre Albeni, e fui intensamente tocada pelas suas palavras. Ele é um cidadão que o Estado da Paraíba é carente da sua espécie, pois está em extinção ou sempre foi rara. 

     Dr. Martinho seguramente disse que "o operador de direito precisa ser escravo da leitura e do trabalho, que precisa conhecer mais a Sociologia, a Filosofia, e um pouco de Teologia, e que a faculdade não ensina isto". De fato, tudo é verdade, porque até podem existir, na grade curricular, as disciplinas de Sociologia e Filosofia, mas o aluno não pode ater-se somente aos ensimanetos do professor, pois o conhecimento delas requer raciocínio, leitura, pesquisa. Infelizmente muitos jovens estudantes da área jurídica só querem estudar leis, jurisprudência, tratados, mas não sabem nem o porquê e de onde surgiram, não procuram encontrar em qual contexto social foram propostos. 

     Talvez esta cultura atual seja efeito da grande demanda dos concursos públicos e dos sonhos de alcançá-los, para lograr um trabalho, aliás, um salário garantido. Milhares de pessoas passam horas infindas estudando, mas só o que está nos editais dos concursos. Não querem enxergar que a vida na carreira jurídica exige muito mais conhecimento. O Português está sendo esquecido e ele é o nosso idioma, modo pelo qual nos expressamos e, para passar aquilo que desejamos, é necessário palavras concatenadas, concordando entre si.

    Nos tempos de antanho, a cultura era mais dizimada, a leitura era um hábito, a música e o cinema também. Tanto é que os juristas de mais de meia idade têm uma biblioteca pessoal com clássicos da literatura, da antiguidade clássica, dos sociólogos dos séculos dezoito e dezenove. Hodiernamente, as xerox ( um mal desenfreado, mas, às vezes, inevitável, confesso) impedem os jovens de ir a uma livraria ou à biblioteca comprar e fazer empréstimo de livros. Só xerografam as partes que caem na prova. Por essas e outras o exame da OAB reprova tantos candidatos, isto é, os próprios concorrentes que se reprovam.

    A justiça, o fim do direito, não é o que diz a lei somente, mas o que a realidade do caso concreto proclama e, para senti-la, o juiz, promotor, advogado precisa ir às ruas, sair dos seus gabinetes, deixar de lado o formalismo espartano. O mundo de muitos operadores é diversamente proporcional ao das partes e, talvez por causa disso, a injustiça é perpetrada. 

     "Se fazer fosse tão fácil como se deve saber o que fazer, as capelas seriam igrejas e as cabanas seriam palácios. O bom predicador é aquele que segue suas próprias regras." (O Mercador de Veneza)


Raissa P. Palitot Remígio

quinta-feira, 29 de julho de 2010

O Paraíso na Outra Esquina

     Indubitavelmente, um dos melhores livros já lidos por mim. É uma obra dupla em uma única, pois conta a vida turbulenta de Flora Tristán e Paul Gauguin em capítulos alternados. O seu autor, Mario Vargas Llosa, soube, com muito conhecimento e aguçada habilidade, contar quase que, cabal e holisticamente, a história de duas grandes personalidades que fizeram seus nomes no mundo dos movimentos sociais e da arte e, embora europeues, desbravaram além terras continentinas defendendo seus objetivos.

     A leitura é empolgante, instigadora, pois nos faz raciocinar sobre a realidade hodierna, ao conhecermos mais a do século dezenove, época em que se passam os fatos. O incrível é perceber que as vicissitudes que ainda assolam e impedem o desenvolvimento de muitos países neste século, já existiam naquele, a saber, a exploração sexual de crianças e jovens mulheres em troca de migalhas. Fator contra o qual a aguerrida, Flora Tristán, tanto lutou para combatê-lo.

     Paul Gaguin foi um jovem que passara épocas no Peru, terra de seu tio Dom Pío Tristán, um dos homens mais poderosos de lá. Foi comandante da marinha, muito novo já era corretor de uma das bolsas de valores da França, a qual proporcionou momentos burgueses a ele e a sua esposa, Mette Gad, nobre dinamarquesa. Contudo, sua vocação para a pintura foi separando-o, aos poucos, do futuro promissor por que a família de Matte tanto esperava. Tornou-se pintor e foi morar no Taiti, em busca da "Casa dos Prazeres", onde padeceu. Mas, em muitos lugares, deixou suas obras, jamais esquecidas pelos admiradores e estudiosos da arte.

     Flora Tristán, sonhando com o "Palácio dos Operários", lutou incessantemente até seus quarenta e um anos contra a escravidão, a exploração sobre a classe operária, a submissão da mulher ao homem, e queria, a todo suor, implantar a justiça universal em um mundo de exploradores e sem ricos, no qual, entres outras excentricidades, as mulheres teriam os mesmos direitos que os homens perante a lei, no seio da família e até no trabalho.

   Confesso que a emoção arrancou de mim algumas lágrimas sinceras no final do livro. Estava acompanhando a leitura com tamanha atenção que me via dentro, por algumas vezes. Vivi o século dezenove, apesar de ter nascido no vinte, isto é, possibilidade que só a leitura nos dá o privilégio de senti-la.



    

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Entre mim e você

Encontrei, mas sem buscar aquele para amar
Foi você que apareceu naquele magnífico luarar
Tão belo que entre mim e você nada havia
A menos que, dois corações.
O futuro era incerto e pareceia muito irrequieto
Tua aparência era esguia e passava e falava, e ficou.
Não para sempre porque ela mudou.
Alegrias e tristezas estão imbricadas e dançando num compasso,
Concatenadas.
Aquela tem mais presença no palco que é a vida
Por momentos sublimes.

Entre mim e você há um quê inexplicável de atração
Muita semelhança, lembrança que ficou e guardou
E por algumas chorou.
Afeto existe a todo momento,
Exitirá o amanhã e eu, aqui, com você, esperando
Para gozar todos os sabores, afora os dissabores.
Quero saber de onde vem a inspiração
Se ela é ingênita,
Se ela mora na imaginação
Ou se ela é coisa mesmo da criação.

Só tenho a certeza que ela mora no coração
Logo, permanece em todos: eu, tu, ele.
Sabemos usá-la? Não, não
Exoploremo-la!

Mais destreza, muita maestria, menos regalia
Pode ser pueril e o vale é que seja com a alma
Proscreva os males, exale a benquerença
Chega de desavença.

Perceba o bem, sem olhar aquém,
Mas ame passando da sua razão
Superando suas mágos, vá mais além.

Sendo talvez

Não sei o que se passa, mas quero saber
A todo instante o que devo ser.
Sou ou não sou, sei ou não sei
Finjo, talvez? Quiçá...

Eis-me aqui, quase toda para Ti
Embora, as vezes, foges de mim, assim
Tão perto, quase ali se vai e vai alhures
Voltando morosa e amorosa(mente)? Algures...

Dizem que sou eclética, já outros que sou moleca
Sou tudo, serei nada abandonada, calada.
Estribilhos amiudemente se espraiam pelo ar, será?

Tergiversando devaneios
Titubeando tolices, contrapondo-se.
Na vã tentativa de obumbrar verdades ou imaginações.


Raissa P. Palitot Remígio

terça-feira, 15 de junho de 2010

Novo, Tudo NOVO.

       
        Nos dias 04, 05 e 06 deste mês houve o XV EJC - Encontro de Jovens com Cristo da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora. Por motivos supervenientes não consegui participar do primeiro, a sexta-feira à noite. Aqui, passarei ao leitor minha experiência desse evento.

         Muitas vezes pensei que EJC fosse uma verdadeira lavagem cerebral nos jovens que participavam; não de todos, mas daqueles que deixavam-se entrar no clima e no propósito. Depois que pude, finalmente, após três tentativas, participar constatei que estava certa, parcialmente, ao pensar que ele era uma lavagem cerebral. Digo parcialmente porque os jovens saem dele mudados quase que holisticamente para enfrentar um mundo igual, mas vendo-o sobre outro enfoque, com outras perspectivas. Percebem a relevância que a família tem na vida deles, a imprescindibilidade de um verdadeiro amigo, a sapiência para enfrentar os óbices vitais.
        
        É uma grande curiosidade para os que ainda não participaram e mais ainda para aqueles que querem participar. Mas, garanto, que não é vã, pois é um momento único e especialíssimo na nossa vida. Momentos surpreendentes, pensei até não estar na Terra, pois flutuei quando estive diante de cenas inacreditáveis. Vários fatos chamaram a minha atenção, mas por questões de SIGILO, não posso amiudá-los.

         Tinham, em média, seissentas pessoas trabalhando para promover a felicidade de outras cento e vinte. O mais belo: a maior parte era composta por jovens. Durante o final eu chorei de felicidade por muitos motivos e um deles foi ver os que organizaram se abraçando e chorando por tudo ter dado certo. Atitude belíssima que não vemos com frequência neste mundo hodierno, onde pairam egoísmo, concorrência, soberba e a solidariedade fica marginalizada.

          A todo momento o amor exalava e em todos os lugares, as pessoas que eu nunca tinha visto sorriam para mim, sem maiores motivos, os abraços eram verdadeiros e dava para sentir o corção pulsante do outro, o sono e o cansaço eram como matéria-prima transformável, pois que eles viraram felicidade e o moral nunca diminuía. De fato, nós saímos de lá NOVOS, estamos RENOVADOS.

          Fiquei pensando se fosse assim fora do Encontro como seria o mundo...

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Até o Fim

                Escrito por Traudl Junge, que fora secretária de Hitler de dezembro de 1941 até os últimos dias do Fuhrer, este livro é algo diferente dos que já li sobre este indivíduo, pois ela, como tantos outros da ordenança hitlerista, viviam num mundo paradoxal ao da Guerra.
                 Traudl, nascida em Munique, tinha 22 anos quando foi convidada para ir à Berlim, por Albert Borman, pois Hitler estava precisando de secretária nova e ela já havia feito um curso de datilografia na Escola de Comércio. Até então, ela não sabia que estava indo até Berlim para fazer um teste para tal cargo, só sabia que iria conhecer a Chancelaria do Fuhrer, algo que muitos jovens sonhavam. Pasou no teste e foi efetivada em janeiro de 1942.
                  A partir de então ela começa a conviver com HItler, mas não tinha muita intimidade com as pessoas que a rodeavam e, muito menos, com o Fuhrer, apesar de ele ter sido, desde o princípio, muito atencioso e preocupado com ela. A rotina, para Traudl, era um tédio, visto que não tinha muitos afazeres. No início ela ficou no Quartel- General de Hitler, localizado na Prússia Oriental, conhecido com Toca do Lobo. Lá já tinham vários bunkers, pois a Guerra já começara. Conviver ali era um privilégio, posto que não faltava comida, segurança e conforto, enquanto milhares de pessoas estavam sendo vítimas daquele tempo bélico tão brutal e carnificina.
          Passou temporadas no Berghof, casa de campo de Hitler que ficava em Bechtesgaden. Lá era imenso, muitos cômodos, tinha até uma quase biblioteca e uma casa de chá onde Hitler costumava tomar café de casca de maçã e comer bolo, após o almoço e sempre acompanhado de Eva Braun, seu bem, e dos que sempre o acompanhavam. Havia sessões de cinema à noite, conversas ao redor da lareira. Era uma vida longe dos horrores da Guerra. Nessas passagens, a maneira como Eva fala sobre o Fuhrer é muito afetuosa e expressa, na visão dela, o lado humano de Hitler, desconhecido por milhares de pessoas. Ele aconselhava as pessoas a não beberem, tinha aversão ao cigarro, não via beleza em mulheres macérrimas, era muito frugal, mas tolerante com aquelas não eram, demonstrava sua benquerença por Eva através dos seus elogios, recebia aquelas que vinham o saudar na sua data natalícia...
          Em apenas três anos, a jovem Traudl Junge, passou por experiências que nem em trinta anos viveria. Casou-se, ficou longe da mãe e da irmã, Inge que era inspiração para sua vida de bailarina, teve dias maravilhosos ao lado de Hitler, mas passou por momentos tormentosos durante os dias no binker da Chancelaria nos útltimos meses da Guerra e depois que saiu de lá, nas prisões russas.
         O livro contém algumas contradições, afinal, foi escrito ainda em 1947, dois anos após o fim da Guerra, mas num momento de muita dúvida na cabeça de Traudl e de transição vital. É bom o leito ser bastante atento a esses fatos equivocados e aos inverossímeis, também. Mas, a leitura é uma alavanca para o senso crítico, análise de tudo o que aconteceu. O interessante é como ficou a Alemanha e o seu povo no pós-Guerra. As pessoas tinham vergonha do que acontecera, evitavam falar os fatos, tanto é que Traudl não teve coragem e relutou em escrever tal obra.         
        

domingo, 30 de maio de 2010

Brasil com P - GOG

http://www.youtube.com/watch?v=6v0oXz499xg


Pesquisa publicada prova:
Preferencialmente preto, pobre, prostituta
Pra polícia prender
Pare, pense, porque?
Prossigo
Pelas periferia praticam perversidades: PMs
Pelos palanques políticos prometem, prometem
Pura palhaçada Proveito próprio,
Praias, programas, piscinas, palmas...
Pra periferia? Pânico, pólvora, pápápá
Primeira páginas
Preço pago?
Pescoço, peito, pulmões perfurados
Parece pouco?
Pedro Paulo
Profissão: pedreiro
Passa-tempo predileto: pandeiro
Preso portanto pó Passou pelos piores pesadelos
Presídios, porões, problemas pessoais, psicológicos
Perdeu parceiros, passado, presente
País, parentes, principais pertences
PC: político privilegiado
Preso parecia piada
Pagou propina pro plantão policial
Passou pela porta principal
Posso parecer psicopata
Pivô pra perseguição
Prevejo populares portanto pistolas
Pronunciando palavrões
Promotores públicos pedindo prisões...
Pecado, pena
Prisão perpétua

Palavras pronunciadas pelo profeta, periferia


Pelo presente pronunciamento,
pedimos punição para peixes pequenos,
poderosos pesos pesados.
Pedimos principalmente paixão pela pátria
prostituída pelos portugueses
Prevenimos,posição parcial poderá provocar
protestos, paralisações, piquetes, pressão popular,
Preocupados?
Promovemos passeatas pacificas, palestras, panfletamos
Passamos perseguições, perigos por praça, palcos... Protestávamos porque privatizaram portos,
pedágios... (precisamos produzir)... proibidos
Policiais petulantes, pressionavam, pancadas, pauladas, pontapés (precisamos produzir)
Pangarés pisoteando, postulavam prêmios, pura pilantragem
Padres, pastores, promoveram procissões
pedindo piedade,paciência para população
Parábolas profecias, prometiam pétalas,
paraíso predominou predador
Paramos, pensamos profundamente:
Porque pobre pesa plástico, papelão,
pelo pingado, passagem, pelo pão?
Porque proliferam pragas,
pestes pelo país, porque presidente?

Por que, presidente, predominou predador?

Por que?

domingo, 25 de abril de 2010

A cada dia percebo que o Brasil, de fato, só caminha num movimento retrógrado!

Quem não tem qualificação ganha a vida como? - Através de cargos comisisonados ou fazendo bico.
Quem não tem conhecimento dialoga sobre o que? - Vida alheia, política, doença...
Quem não tem cão? - Ué, caça com gato, oras!

E as crianças, estão brincando? - Não, estão sendo vendidas, postas como objetos do mundo da prostutuição, vítimias de pedófilos...
Mas, e o jovem não está na escola. Onde está? - Pedindo esmola, furtando, roubando, vigiando bocas de fumo, por todo lugar...
E o adulto desempregado? - Ah, este encontra-se por todo lado.
E o idoso? - Está em asilo, altamente ocioso.

Mas, as mulheres já ganharam tratamento equitativo na esfera laboral? - Digo só isso: "Ganham, em média, apenas 65 % do que os homem percebem num mesmo cargo ou função.
Os portadores de necessidades especiais são destinatário de políticas públicas específicas? - Um deficiente visual foi atropelado porque enganou-se pensando estar o sinal fechado, quando na verdade estava aberto, pois o semáforo só dava para ser usado por quem possui todos os sentidos.

Já dizia o saudoso poeta Cazuza:
"Não me convidaram
Pra esta festa pobre
Que os homens armaram
Pra me convencer
A pagar sem ver
Toda essa droga
Que já vem malhada
Antes de eu nascer...
Não me ofereceram
Nem um cigarro
Fiquei na porta
Estacionando os carros
Não me elegeram
Chefe de nada
O meu cartão de crédito
É uma navalha...
Brasil!
Mostra tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Brasil!
Qual é o teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim..."

Brasília, 50 anos.



          Não amigo, não venho agora falar da política ou da azáfama perpetrada no Congresso Nacional. Se assim você pensou ao ver essa imagem, proscreva-a da mente. Faça uma limpeza, abra seu coração e inspiração para o que venho externar e o que vou te dizer. Não sou uma Cecília Meireles, mas uma mediana poeta eu posso ser. Procuro minhas inspirações nas músicas, pessoas, palavras e imagens, e Brasília, o Congresso Nacioal e Niemeyer foram determinantes para aflorar em mim mais de meia dúzia de palavras, digo pois, sentimentos.
      
           Há mais de meio século o eminente arquiteta conheceu JK quando ele ainda nem era Presidente, mas já tinha o sonho da construção e urbanização do Planalto Central. Niemeyer disse que tudo começou no Complexo da Pampulha. Foram dias difícieis, tanto no plano da ciência - cálculos e mais cálculos e muita criatividade, quanto no que se refere à sobrevivência naquele local sem telefone e onde o conforto não existia. Certo dia li um artigo publicado no Correio Brasiliense sobre um piancoense, Dedé Lacerda, que é um dos sobreviventes nordestinos que ajudaram a erguer a Capital Federal.Como nordestina, não posso deixar de comentar a relevância dos meus conterrâneos na realização desse sonho. Eram "cinquenta anos em cinco", como dizia Juscelino. A promessa de um país melhor. Realmente, foram cinquenta anos em cinco, mas não no desenvolvimento humano ou econômico, somente no crescimento físico e edilício.

           O artista queria uma arquitetura não simplória com traços e retas, mas sim uma arte complexa e diferente de tudo o que se vê pelo mundo afora. Queria fazer a diferença, marcar na mente de todos que vissem aquelas obras arquitetônicas. Não detalho aqui a Catedral, o Supremo, o Palácio do Planalto porque, aos meus olhos, o que mais me fascina é a Casa do Povo. Lá todos podem entrar, conhecer sua história. É no Salão Verde onde a imprensa passa aos brasileiros telespectadores as decisões e debates que estão acontecendo. Foi neste local que índios, mulheres, jovens, crianças, pessoas com habilidades especiais lutaram e choraram pelo projeto de uma nova Constituição, mas também foi no mesmo ambiente onde essas mesmas categorias choraram de alegria com a aprovação da Carta Magna Cidadã, no ano de 1988. Eu não era nem nascida, mas sinto no meu coração a mesma emoção que tiveram todos aqueles cidadãos.

         Trago a seguir um excerto de Niemyer ao construir o Congresso Nacional. Ele conectava arquitura e texto, pois os leigos não entendiam a arquitetura, mas através dos textos tudo tornava-se inteligível:

"...E o mesmo ao adotar a cúpula - a abóbada circular que os egípcios usavam e os romanos multiplicavam - no edifício do Congresso Nacional. E nela intervim plasticamente, modificando-a, invertendo-a, procurando fazê-la mais leve, como é fácil explicar. Na cúpula do Senado, desprezando a característica auto-portante que oferece e o empuxo que criaria, inclinei em retas na linha circular de apoio, tornando-a mais leve como preferia. Na da Câmara, depois de invertê-la, a estendi horizontalmente como a visibilidade interna exigia, procurando uma forma que a situasse como que simplesmente pousada na laje de cobertura."

"Arquitetonicamente, um prédio como o do Congresso Nacional deve ser caracterizado pelos seus elementos fundamentais. Os dois plenários são no caso esses elementos, pois neles é que se resolvem os grandes problemas do país. Dar-lhes maior ênfase foi o nosso objetivo plástico, situando-os em monumental esplanada onde suas formas se destacam como verdadeiros símbolos do poder legislativo. Ao fundo, contrariando a linha horizontal da esplanada, erguem-se os blocos administrativos, que são os mais altos de Brasília."     

       Oscar Niemyer, o Congresso Nacional e Brasília são uma tríade ícone do país nesse festejo de meio século da nova Capital Federal.

domingo, 18 de abril de 2010

No Bunker de Hitler

      Escrito por um alemão, Joachim Fest, No bunker de Hitler é uma obra muito bem escrita com boas fontes bibliográficas e testemunhais sobre os últimos dias do Fuhrer num local construído pelo arquiteto Albert Speer, em 1945, que fica a 10 mestros abaixo do solo e está situado nos fundos da Chancelaria.  Assim pensou Hitler na construção deste local para poder ter proteção dos ataques soviéticos aéreos.

     O mais interessante ao ler o livro é como o autor consegue nos transportar ao local e ao tempo dos acontecimentos. De fato, é como se estivéssemos enxergando por uma visão panorâmica porque muitos detalhes são narrados, inclusive com ilustrações sobre o próprio bunker, como também dos personagens da história.

    Segundo a inferência do autor com base em outros estudos sobre a Segunda Grande e outros fatos concatenados, HItler não foi uma catástrofe do III Reich, mas sim, uma conseguência, pois o povo Alemão estava já esperando uma pessoa tão audiciosa, não tanto quanto Hitler, mas que levantasse a esperança da Nação e reerguesse a vontade de tornar a Alemanha uma potência mundial. Isto devido aos imperados antecessores do Fuhrer como exemplo, Bismarck.

   Várias passagens chamaram a minha atenção como a ânsia de Hilter em acumular fortunas e destruir, a ordem dele em acabar com todas as instalações que existiam para sobrevivência com o propósito de os inimigos encontrarem uma Alemanha destruída, o quinquagésimo sexto aniversário dele na Chancelaria onde todos percebiam a sua aparência diversa do verdadeiro Hitler quando em cima de palanques etc.

    O desfecho do livro conta como foi a decisão de morte do Fuhrer e sua esposa Eva Braun que não foi de pronto anunciada, a persistência da resistência do exército alemão e a resistência à capitulação, até a invasão do bunker pelos soviéticos e a efêmera visita de Winston Churchill à Chacelaria e ao bunker. Neste último ele não conseguiu entrar quando, ao descer várias escadas, soube que ainda tinham mais dois lances para poder entrar no recinto. Deu meia-volta porque

                                       "Churchill não tinha sido feito para uma existência reclusa muitos metros sob a terra e também não demonstrou o mínimo interesse em saber com havia sido lá."

     Enfim, ler este livro nos traz mais conhecimento sobre a Segunda Guerra e Hitler, dois marcos na história do mundo.

    Ah, Hitler tinha outras obsessões: bolo e chocolate! É, de humano ele ainda tinha um pouco. Ou não?

RECOMENDO A LEITURA.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Quando Nietzsche Chorou


            Quando Nietzsche chorou é de autoria do psicanalista norte-americano Irvin D. Yalom e tem, como personagens principais, o filósofo Nietzsche, o médico Dr. Breuer, o então jovem psiquiatra Freud e a bela Lou Salomé. É um livro que dá um banho de cultura no leitor, pois ele trata de filosofia, de ciência, de crença, de psicanálise e tudo isso  numa dualidade entre ficção e realidade.
   
            Os fatos se passam em 1882, quando Lou Salomé, amiga de Nietzsche, envia um bilhete a Dr. Breuer pedindo que marcasse um encontro, para que ele tratasse do filósofo Nietzsche que estava sofrendo de uma depressão suicida e conclui dizendo que "o futuro da filosofia está em jogo". Ao vê-la, Dr. Breuer encanta-se com sua beleza, com sua audácia, com sua juventude e com seu charme, e não conseguiu recusar ao pedido feito por ela. 
   
          A partir desse acordo, começa a tentativa de Dr. Breuer, para curar Nietzsche. Ele era um médico eminente na sociedade vienense por  já ter tratado de diversas pessoas e o seu caso de maior sucesso fora o de Ana O. ou Bertha Papenhien, uma jovem que sofria de sucessivas crises de histeria. O tratamento dela fora baseado em um novo método, o mesmerismo, ou a cura através da conversa. 
  
           Não foi fácil conseguir que Nietzsche aceitasse ser tratado, pois era de temperamento muito hostil e já passara por outros 24 médicos, todos sem lograr sucesso quanto à sua cura. Porém, a partir de um acordo feito entre Nietzsche e Dr. Breur o tratamento se iniciou, mas com uma inversão: quem era paciente foi curar quem seria o psicólogo. Dr. Breuer confessou a Nietzsche sua obsessão por Bertha e sua infelicidade e pessoal: apesar de ter uma família e uma carreira de sucesso ainda não tinha encontrado seu "eu". Pediu ajuda ao filósofo, posto que ele conhecia muito sobre o homem.
  
            Durante o tratamento, há várias descobertas em relação à mente, ao consciente e ao inconsciente, aos sinais da obsessão e os seus significados, aos sonhos, à liberdade... Surge a tão conhecida "humano demasiado humano".  Há várias tentativas de Nietzsche para a cura da obsessão de Bruer, que consegue criar um vínculo afetivo com Nietzsche, o que ele jamais esperara, visto que o filósofo já sofrera três grandes traições, e, por isso, se afastara de todos e vivia sozinho.
 
            Já no final do livro, Dr. Breuer pede a Sig, assim chamava carinhosamente Freud, para que ele o ajude a regredir e, nests regressão, ele é curado. Dr. Breuer, então, conta a Nietzsche que fora curado e este é inflado de curiosidade, para saber como fora a cura de Breuer. Nos últimos degustares das deliciosas últimas páginas, acontece o impacto maior e o fim não esperado pelo leitor.
  
          "Quando Nietzsche chorou" amplia o campo visual do leitor, quanto à psique, ao consciente e ao inconsciente, à liberdade, ao encontro do "eu", à satisfação da sua condição de vida. A maior reflexão que Nietzsche passa a quem lê o livro é a relevância da amizade: por maior que tenha que ser seu esforço, para galgar seus objetivos, não se isole, viva em sociedade, tenha amigos (poucos, quem sabe só um) que você possa confiar para, confessar alguns (não todos, pois uns não devem ser confessados nem a si mesmo) desejos e aflições.

RECOMENDO A LEITURA!
  

domingo, 21 de fevereiro de 2010

O Homem que Matou Getúlio Vargas

 

           Em uma deliciosa e envolvente narração, Jô Soares consegue prender a atenção do leitor que quanto mais lê, mais fica curioso e sem querer parar para descobrir os novos casos que estão por aparecer.
 
         O livro é uma biografia que mescla ficção e realidade. O personagem principal é o anarquista Dimitri Borja Korozec que é filho de mãe brasileira e pai servo e sobrinho de Getúlio Vargas. Dimo, assim chamado pelos mais próximos, tem sete dedos em cada mão e o dedo extra é o indicar. Ele é treinado desde adolescente, na Skola Atentatora, para ser um terrorista, mas, embora seja um ás na pontaria, Dimo é muito desajeitado e só lendo para saber se ele irá ou não lograr êxito nas suas empreitadas terroristas.
 
          Ao ler esta obra, passamos a conhecer, de maneira maleável e versátil, parte de momentos e pessoas ímpares da História: a Primeira Guerra Mundial que quase fora eclodida por causa de Dimo; Marta Hari; Al Capone e seu julgamento; o Estado Novo no Brasil; como surgiu o jogo do bicho...
  
           Recomendo a leitura!

domingo, 17 de janeiro de 2010

Liberdade e igualdade: a luta pelo reconhecimento da igualdade como direito à diferença no discurso do ódio.

http://www.youtube.com/stf#p/a/CC48F263CD5E97F0/0/BrBz8V6eR1k


Dica de pesquisa acerca de uma abordagem contemporânea na dissertação de mestrado do jovem Alex Lobato Potiguar acerca do princípio da igualdade inserido no âmbito do discurso do ódio. Neste trabalho o autor chega até a discordar  do emérito Min. Gilmar Ferreira Mendes em que o mesmo pondera os princípios da liberdade e da igualdade e conclui que o peso do princípio da igualdade sopesa o da liberdade de expressão. Para Alex Potiguar o critério utilizado para chegar a tal fim é o da adequação, em contrapartida ao da ponderação que trata o princípio da igualdade como sendo mais importante que o da liberdade de expressão.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Uma das tantas razões para escrever


Dando uma pausa na série Salve-se quem puder para postar inspirações poéticas.

"Há quem diga que a primeira impressão é a que fica
mas como sempre sou do contra, discordo deste provérbio
por experiência de uma garota há pouco vivida.

O pré julgamento é coisa séria. Por vezes rotulamos sem antes estudar o que de fato é e
daí já dizia minha professora, " A teoria da aparência está sempre nos rodeando, seja no mundo deontológico,
seja no mundo do ser".

Se você de uma passada de olho pensa que tudo vê se enganou , meu caro, muitas
entrelinhas estão a aparecer e oportunidades você pode perder.

Ana já estava disposta a deixar Heitor de lado por conclusões intempestivas, mas
mal sabia ela que alí estaria defenestrando um grande romance. Estaria ela jogando dias de alegria
nunca dantes sentidos; experiências que enriqueceriam-na sentimental e espiritualmente.
Mas, graças aos anjos, Ana não é garota tola, Ana sempre enxerga o lado oposto da primeira vista.
Ela sempre dá asas a sua imaginação e procura o lado bom, mesmo sendo difícil de ser encontrado.

A astuta moça mais uma vez provou o que sentira secundariamente,
que aquela conclusão era equívoca e que ela não iria soltar aos ventos uma bela entrada
aos caminhos dos mais belos lírios e jasmins. Da porta ao jardim da doçura, do som dos mais belos afagos e
do toque do mais alto clarim.

Abriu seu coração, esbanjou sensiblidade, mudou sua rotina, alterou seus desejos,
melhorou sua convivência com os afins, espraiou perfume nas mãos de quem por ela passa...

Enfim, Ana vive, chora, grita pra descarregar energias, corre ao encontro dos abraços, pensa no futuro, lembra do passado,agradece pelo hoje, reza. Ana poderia ser uma garota comum como as outras,
que tem suas particularidades, mas o que a diferencia é que as suas são mais valorizadas como procurar olhar o lado bom da história e perceber que por trás da primeira má impressão
outra secudária e surpreendente pode ter."

 Raissa P. Palitot Remígio.