domingo, 26 de setembro de 2010

Argumentando e citando exemplos sobre um trecho de Dostóiesvky

"Às vezes, fala-se da cureldade 'bestial' dos homens, mas isso é terrivelmente injusto e ofensivo com os animais: a fera nunca pode ser tão cruel como o homem."

                Injustamente, comparam a crueldade humana com a dos animais, chegando a ser uma ofensa a estes, pois eles sequer possuem intenção ou razão, diversamente daqueles primeiros.

                Na seara das feras, o confronto ou o ato de matar, muitas vezes, são sinônimos de sobrevivência, ou seja, isso acontece com os escopos de salvar ou alimentar a si ou a outro que esteja sob sua guarda. Não obstante, este motivo obedece a regras de uma hierarquia natural: a cadeia alimentar. Diferentemente, no âmbito dos racionais, a tirania é perpetrada, desde os tempo primevos até os hodiernos, por questões obsessivas, ínfimas, preconceituosas e banais. Fatos crudelíssimos provam tal asseveração, como a vigança coletiva que predominou na Idade Antiga; a colonização dos nativos americanos; a exploração maciça da classe obreira, duarante as Revoluções Industriais; o extermínio de milhões de judeus e ciganos nos idos da Segunda Guerra Mundial. Todos eles intencionais, e a maioria firamente, planejada.

                Torna-se crucial, portanto, falar que a insensibilidade dos homens é bestial, pois se a fera é violenta, é em decorrência de fatores ingênitos; já os humanos nascem sem maldade, e se corrompem, por querer e por prazer.

Raissa P. Palitot Remígio