domingo, 12 de outubro de 2014

Tempos insanos

De há muito, eu quero o meu tempo amigo, comigo,
No entanto, já não mais consigo!
O tempo tornou-se um caudaloso inimigo
Torturando da alma às entranhas, não muito dileto, porém sempre distinto.

O relógio já não mais o encaro,
Pois, faz-me acinte!
Passam-se as horas, como se segundos fossem,
Os minutos, de tão céleres, vejo-os tal qual um cólera.

Quando tudo isso vai passar?
Só tenho a certeza de que sobreviverei, indene,
Ao menos, em pensamento...

E, só então, ecoarei aos cantos,
O triunfo dos guerreiros de aço
Os quais não fogem à luta; com peito erguido a defronta.