segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Problemas, mera inspiração poética e literária

É cediço que durante a vida os obstáculos vão aparecendo, começando pela tenra idade, quando estamos aprendendo a andar e a falar. Tal aprendizado não é mera opção, é necessidade, que precisa ser suprida, para garantir a comunicação e, dessa forma, assegurar parcialmente a nossa sobrevivência. São essas conquistas, no início da vida, que nos fazem perceber que temos potencial.




O espírito de competitividade nasce com o ingresso nas escolinhas de esporte e entre os colegas de classe para ser o primeiro da turma. Vêm as olimpíadas escolares, agora exigindo mais autoconfiança e perseverança. Posteriormente o vestibular. Reprovou. Chorou. Desacreditou. Mas aparece a família, os amigos, a fé aflorando e trazendo consigo todo o espírito de guerreiro e lutador incansável. Dentro da universidade, percebe, então, que o futuro já não está longe, é agora, quiçá foi ontem. Mais obstáculos, surpresas, competitividade a todo vapor e por todos os lados. Olha para trás, já pulou vários óbices, já venceu diversas batalhas, não é nesta e neste momento que se entregará. Venceu mais uma vez. Casou, divorciou-se. Longe dos filhos, da família e da cidade natal por interesses profissionais. Cadê o meu Deus, cadê os ensinamentos de Augusto Cury, a calma de Dalai Lama...



Ah! Não desanime, meu caro, a vida, por si só, já é um dom, portanto trate de fazer valer a pena Deus ter te presenteado com tal dádiva. Não seja injusto, não lamente, não diga que é um fracassado antes do final.

Desabafe com alguém confiável, faça uma terapia, cumprimente seu vizinho, ceda sua vez na fila a um idoso. Procure ouvir mais e falar menos, mas não pra se inibir e sim, para expor palavras com qualidade e, não somente, da boca para fora. Está carente? Visite orfanatos e leve alegria àquelas crianças, provavelmente, mais carentes que você. Dance, sorria na frente do espelho, conheça-se, medite, observe a natureza ao seu redor e valorize-a. Ah! Mas se todos percebessem quão bela dupla formam a lua e o barulho das ondas do mar, certamente tristeza e desequilíbrio não mais haverá.



Seja inteligente e cortês. Ao invés de esperar a oportunidade bater à sua porta, convide-a, para entrar na sua vida, ofertando-a como “habitat” ideal para suas outras amigas: a garra, a alegria, a serenidade, a sinceridade, a fé. Desse modo e sem que menos perceba, o sucesso já estará é louco e ansioso, para também fazer da sua vida um lugar habitual dele.



Feliz foi Chico Buarque ao cantar “roda mundo, roda gigante/ roda moinho, roda peão/ o tempo rodou num instante, / nas voltas do meu coração...” Portanto, não há tempo para sofrer, pois temos todo momento, meios para vencer.



Raissa P. Palitot Remígio

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